Brasil tem mais de 16 milhões de diabéticos
- No Dia Nacional do Diabetes, Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem)
destaca a importância do diagnóstico e do acompanhamento adequado
Quinto país com mais incidência de diabetes no mundo, perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão, o Brasil tem mais de 16 milhões de pessoas acometidas pela doença. Dados do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF) revelam que esse número pode chegar a 21,5 milhões em 2030. No mundo, estima-se que há 537 milhões de diabéticos, sendo que cerca de 46% ainda não foram diagnosticados.
Com o objetivo de conscientizar a população sobre fatores de risco, diagnóstico e prevenção à doença, no dia 26 de junho, no Brasil, celebra-se o Dia Nacional do Diabetes. “Esta é uma data de extrema importância para reforçar como essa doença é perigosa e pode acometer homens, mulheres e até mesmo crianças de maneira silenciosa”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal.
Entre as complicações trazidas pelo diabetes estão as doenças cardiovasculares, a insuficiência renal, a perda de visão e a amputação de membros. No País, os casos mais comuns são de diabetes tipo 1 e tipo 2, sendo que o tipo 1 costuma acometer crianças e adolescentes, e é considerada uma doença autoimune, já que o sistema imunológico ataca as células beta e faz com que o pâncreas deixe de produzir insulina.
Já o tipo 2 é a forma mais comum da doença, representando 90% dos casos, e aparece quando o organismo não consegue utilizar de maneira correta a insulina produzida ou, até mesmo, não gera insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Entre os principais fatores de risco para desenvolvê-lo, além da obesidade, estão a hereditariedade, a má alimentação, o sedentarismo e a pressão alta.
Homens
A impotência sexual e a disfunção erétil são complicações que o diabetes pode causar no homem, uma vez que as alterações nos vasos sanguíneos periféricos e nos nervos causadas pela doença dificultam a ereção nas relações sexuais. Assim, é primordial que os homens diabéticos controlem regularmente os níveis de açúcar no sangue, por meio de medicamentos, além de adotar um estilo de vida mais saudável, com alimentação balanceada e prática de exercícios físicos.
“É válido ressaltar que essas medidas ajudam, mas não são suficientes se não houver o devido acompanhamento médico. Ter o diagnóstico e cumprir as orientações médicas é fundamental. Felizmente, o tratamento do diabetes evoluiu muito nos últimos anos, permitindo melhor qualidade de vida às pessoas. E graças ao conhecimento e aos recursos desenvolvidos pela medicina, é possível fazer um manejo efetivo da doença, com qualidade de vida”, reforça Canal.