Entre os dias 6 e 10 de outubro de 2025, os gaúchos têm uma nova oportunidade de definir o destino dos investimentos públicos por meio da Consulta Popular 2025/2026 — um processo democrático que permite à população escolher quais projetos receberão recursos do orçamento estadual.
No Vale do Rio Pardo, a votação é coordenada pelo Corede (Conselho Regional de Desenvolvimento), presidido por Heitor Álvaro Petry, que reforça a importância da participação ativa da comunidade:
“A Consulta Popular é a principal ferramenta de fortalecimento regional. Ela eleva a consciência cidadã e garante que os recursos cheguem onde realmente fazem diferença. Cada voto é uma forma de construir o futuro da nossa região.”
A votação pode ser feita de forma simples e rápida:
- Pelo site oficial: consultapopular.rs.gov.br
Basta ter título de eleitor do Rio Grande do Sul para participar e contribuir diretamente com o desenvolvimento da sua região.
Entrevista com Heitor Álvaro Petry, presidente do Corede Vale do Rio Pardo
Em conversa com o Portal Intera, Heitor Petry detalhou o funcionamento do processo, os mecanismos de transparência e os impactos positivos da Consulta Popular.
1️⃣ Como o COREDE assegura que as propostas aprovadas nas assembleias locais realmente reflitam as necessidades mais urgentes da população, evitando que interesses políticos ou regionais menos representativos sejam privilegiados?
Heitor Petry:
O processo é qualificado pelas discussões prévias que ocorrem, seja através de assembleias microrregionais ou ampliadas, onde o conjunto de lideranças analisa todos os projetos, debate e delibera democraticamente. As propostas precisam ter impacto regional, e não apenas local. Além disso, a coordenação estadual avalia e homologa os projetos lançados no site, garantindo que cumpram esse propósito. Dentro do Corede também há um esforço interno para evitar que interesses políticos ou particulares se sobreponham aos coletivos.
2️⃣ Há mecanismos de acompanhamento e fiscalização para garantir que os recursos previstos sejam efetivamente destinados e executados conforme as propostas vencedoras?
Heitor Petry:
O monitoramento é feito pela nossa assessoria, junto às secretarias competentes às quais os projetos se vinculam. Acompanhamos a tramitação, liberação e aplicação dos recursos. Não temos uma instância de fiscalização formal, mas na nossa região nunca houve desvio ou mau uso dos recursos públicos. Sempre houve zelo para que o dinheiro fosse bem aplicado dentro do propósito aprovado.
3️⃣ Considerando que a votação exige título de eleitor no RS, como o COREDE pretende incentivar a participação de cidadãos que muitas vezes estão distantes das estruturas políticas, especialmente em zonas rurais?
Heitor Petry:
A Consulta Popular atual oferece grande facilidade de participação. Hoje, é possível votar pelo site, WhatsApp ou urnas offline. As redes sociais facilitam o acesso à informação, e praticamente todos têm algum canal de conexão. A principal barreira, muitas vezes, é a falta de vontade do cidadão. Com determinação, qualquer pessoa consegue votar de forma simples e rápida.
4️⃣ De que forma o COREDE garante transparência e prestação de contas à população durante todo o processo, desde a submissão das propostas até a execução dos projetos?
Heitor Petry:
A transparência é assegurada por meio das assembleias públicas e abertas, onde qualquer cidadão pode participar e acompanhar todas as etapas — da apresentação à defesa e votação das propostas. Nunca tivemos contratempo nesse sentido. O processo é estruturado para garantir total visibilidade e legitimidade das decisões.
5️⃣ Se uma proposta aprovada não puder ser executada por motivos orçamentários ou técnicos, qual será o critério para substituição ou remanejamento, e como isso é comunicado aos cidadãos?
Heitor Petry:
Se o impedimento for orçamentário, é responsabilidade do Governo do Estado, que assume o compromisso de liberar os recursos. Caso o projeto tenha impedimento técnico e não possa ser executado, infelizmente a região perde o recurso, pois ele não pode ser remanejado para outras alternativas. O projeto caduca, e seguimos cobrando para que os compromissos orçamentários sejam respeitados.
6️⃣ A Consulta Popular existe há mais de 20 anos no Rio Grande do Sul. Na sua visão pessoal, qual foi o maior legado que esse processo já deixou para a comunidade?
Heitor Petry:
Foram muitos legados. O primeiro é o fortalecimento da cultura democrática e da consciência cidadã. A Consulta Popular permite que o cidadão participe e exerça seu papel de forma ativa. Na prática, inúmeros projetos receberam recursos e foram aplicados corretamente, sem desvios, gerando impactos reais no desenvolvimento regional.
Além disso, o processo fortaleceu o próprio Corede, criando um ambiente de debate mais amplo e colaborativo. A Consulta Popular não só traz investimentos, mas também une entidades e cidadãos em torno de um objetivo comum: pensar o desenvolvimento da região.
Transparência, engajamento e cidadania
Heitor Petry destaca que a Consulta Popular representa uma das mais sólidas práticas democráticas do Rio Grande do Sul:
“É um processo que une a comunidade em torno do bem comum. Todos têm voz e a chance de contribuir com o futuro da região.”
O Corede Vale do Rio Pardo segue mobilizando lideranças, comunidades e entidades para garantir ampla participação. Cada voto é essencial para que os recursos estaduais sejam aplicados de forma estratégica e transformadora.
📞 Participe e incentive
🗓️ De 6 a 10 de outubro, participe da Consulta Popular 2025/2026 e ajude a definir o futuro da sua região.
O seu voto faz a diferença. A sua escolha transforma o Rio Grande do Sul.
