Semana do Bem-Estar Animal: Departamento de Vigilância e Ações em Saúde trabalha no monitoramento de zoonoses e orientações à população
Zelar pelo bem-estar animal também é cuidar da saúde humana. Por isso, uma das tarefas do Departamento de Vigilância e Ações em Saúde da Prefeitura de Santa Cruz do Sul é orientar a população sobre como prevenir as zoonoses, doenças que são transmitidas de animais para pessoas.
Elas podem acometer tanto animais domésticos como silvestres. Por isso, é preciso estar atento a comportamentos incomuns e sintomas, além de adotar medidas para se proteger do contágio por qualquer um desses vetores.
Conforme a médica veterinária do Departamento de Vigilância, Daniela Klafke, no que se refere a zoonoses, o setor atua no monitoramento das situações registradas no município e na orientação à população sobre como proceder. Além disso, cabe a Daniela a capacitação de profissionais como médicos veterinários, enfermeiros e médicos para lidar com esses casos.
Com o apoio de agentes de combate a endemias e comunitários de saúde, são realizadas palestras em escolas e comunidades do interior para a difusão do tema. “É a maneira que temos de chegar à população e orientar sobre essas doenças”, avalia.
São diversas as situações em que o ser humano pode acabar contaminado. É preciso prestar atenção aos sintomas e procurar atendimento médico logo que o acidente acontecer. No que diz respeito a zoonoses, algumas doenças são mais preocupantes.
A raiva pode ser transmitida pela mordida ou arranhões de diversos animais, como cães e gatos, mas também morcegos, bovinos, suínos, caprinos e equinos. Diante de qualquer caso, a ação imediata é procurar a unidade de saúde mais próxima para a adoção de medidas profiláticas. Manter todos os animais vacinados contra a raiva também é importante para a prevenção da doença entre eles.
A esporotricose também pode ser transmitida de gatos para humanos, através de arranhões, mordidas ou contato direto com a pele lesionada do animal. É causada por um fungo, podendo também ser transmitida por meio de materiais contaminados, como farpas ou espinhos. A veterinária recomenda atenção especial a gatos e pessoas com feridas que não saram. Os felinos devem ser conduzidos a médicos veterinários e seres humanos devem buscar o Departamento de Vigilância para orientações.
O departamento também recebe vários questionamentos sobre como proceder com ratos e morcegos. No caso de infestação por roedores, o recomendado é que seja contratada empresa de controle de pragas e vetores para lidar com a situação. Quando há a identificação de paciente contaminado por leptospirose, há a investigação do caso.
Em situações que morcegos são encontrados mortos ou caídos no chão, a Vigilância pode ser comunicada para providenciar a análise de contaminação pela raiva. A veterinária Daniela salienta que os morcegos não devem ser mortos. “Eles comem muitos insetos, entre eles, o mosquito da dengue”, explica. Além disso, matar morcegos é considerado crime ambiental sujeito a multa. Quando constatada a presença do animal dentro do imóvel, é recomendada a contratação de empresa especializada para providenciar o seu desalojamento.
Outro alvo de atenção é a febre amarela. Ela é transmitida por mosquitos, e atinge tanto macacos como seres humanos. Por isso, é importante que a população, ao se deparar com macacos mortos – são comuns na região o bugio e o macaco-prego, acione o departamento municipal para que proceda a coleta de material para análise. Se o óbito do animal foi ocasionado por febre amarela, a Vigilância inicia ação de vacinação preventiva da população contra a doença no entorno do local do incidente.
Para mais informações, o telefone do Departamento de Vigilância e Ações em Saúde é 3715-1546.
Foto: Isadora Pereira