Ontem 29/08 uma situação de violência física ocorreu nas dependências da escola de educação infantil Vovô Arlindo, no bairro Santa Vitória. Uma educadora foi agredida física e verbalmente por uma mãe de aluno, na recepção da escola. Com socos, chutes, tapas no rosto e termos ofensivos e pejorativos, a mãe de um dos alunos da escola iniciou a violência na recepção da escola contra uma das educadoras da instituição, da qual não é profissional da turma do seu filho. A violência começou após a mãe se exaltar verbalmente ao questionar a atitude da profissional ao pegar uma criança no colo e ajuda-la a entrar na van de transporte escolar. A profissional foi agredida sem reação. O filho da mulher que violentou a profissional presenciou toda a agressão. O ocorrido aconteceu próximo ao horário de fechamento da escola, próximo das 18:30, e a violência foi vista por demais profissionais, que ao ouvir gritos e palavras pejorativas, foram ver o que estava acontecendo. A profissional agredida foi acolhida em uma sala e as demais profissionais aconselharam a mãe a ir para casa, se acalmar e acolher o seu filho que aguardava a cerca de um metro da violência feita pela mãe.
“Somos uma equipe de aproximadamente 70 funcionárias, todas mulheres, que atendem as crianças das 06h:30min às 18h:30min, sem segurança ou vigia, não tendo nem secretária ou porteiro, fato que nos deixa vulneráveis a violência como essa de hoje”.
O grupo de profissionais acordou em entrar em paralisação no dia de hoje (30/08) como forma de pedir por segurança nas dependências da escola.
A paralisação se deu no horário de funcionamento da escola: das 06h:30min às 18h:30min, e as funcionárias estavam vestidas de preto, comunicando luto pela violência contra nossa colega de profissão e como forma de solidariedade a profissional. “Ressalto que temos diversos pedidos protocolados na Secretaria Municipal de Educação da necessidade de um porteiro/vigia/segurança na recepção da escola, todos, não atendidos a anos, independente da gestão pública municipal, pois essa é uma reivindicação antiga das profissionais da escola, por já ter ocorrido casos como esses a anos atrás. Saliento, também que a paralisação não tem intuito político/partidário mas uma ação de visibilidade frente a nossa necessidade de segurança na escola:.
Pedimos urgentemente segurança na escola e seguiremos nossa luta por respeito. É inadmissível os profissionais estarem sujeitos a situações como essas em seus ambientes de trabalho, ainda mais, no ambiente escolar, onde preconizamos pelo respeito, princípios éticos e afetividade no atendimento às crianças.
Depois de tamanha repercussão do caso, a mãe entrou em contato com o Portal Intera e confirmou a agressão, mas disse que só fez isso porque viu outra criança sendo maltratada por uma das funcionárias, veja:
Gostaria de manifestar sobre o caso e dizer o que aconteceu. Fui buscar meu filho na creche depois do meu trabalho. Eu trabalho como babá. Quando cheguei na sala do meu filho, de 2 anos, presenciei a professora da sala ao lado, com uma turma de 5 anos, sacudindo e empurrando um menino que queria ficar com ela, pois não queria ir com o tio da van. O tio da van foi indo para a van, e essa professora, que deveria acalmar o menino, estava sacudindo e empurrando-o. Como o menino não queria ir, ela o levou chorando muito até a van, puxando-o brutalmente.
Eu, vendo tudo aquilo, me achei no direito de questioná-la: ‘Você não acha estranho o menino não querer ir na van? E que deveria acalmá-lo, e não sacudi-lo e empurrá-lo?’
Ela então me perguntou: ‘Você é a mãe do menino?’
Eu disse: ‘Não, mas sou mãe, e não achei legal sua atitude.’
Ela me respondeu: ‘Eu não sacudi o menino.’
E eu retruquei: ‘Sacudiu sim, eu vi! Você é a professora do meu filho também.’
Então, eu a peguei pelos braços e a sacudi do mesmo jeito que ela sacudiu o menino. Ela começou a gritar que eu estava agredindo-a. Eu disse: ‘Então você também agrediu o menino de 5 anos.’
Ela pegou o celular e disse que ia ligar para a polícia, alegando que eu estava agredindo-a. Eu respondi: ‘Você vai ligar para a polícia porque eu te agredi? Então, você também agrediu o menino.’
Disse a ela: ‘Agora você pode ligar para a polícia, porque agora eu vou te agredir.’ E a agredi com socos, dizendo: ‘Pode ligar agora para a polícia. Eu já volto, vou levar meu filho em casa e volto para esperar a polícia, pois vou explicar por que te agredi.’
Depois disso, larguei meu filho em casa e voltei novamente para a creche para esperar os policiais. Não a agredi novamente, voltei apenas para dar minha versão aos policiais.”
Alguns seguidores entraram em contato questionando o porquê dessa criança não querer ir para a van, se tinha algo de errado. Além disso, outros disseram que a mãe dessa suposta criança agredida deveria se pronunciar também e ir atrás do que a outra mãe relatou ter visto. E qual a sua opinião sobre este caso? Já passou por algo parecido?