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VAREJO|Inadimplência em Santa Cruz é mais baixa que a média nacional

Santa Cruz do Sul – O atual índice de inadimplência do comércio santa-cruzense é menor do que as médias estadual e nacional. Atualmente o município conta com uma taxa de 27,73%, contra 30,16% em todo o Rio Grande do Sul e 29,83% de média nacional. O uso da inteligência analítica aliada a alta tecnologia, combinadas com informações do cadastro positivo são uma das ferramentas disponibilizadas ao varejo para auxiliar o empresário a ser mais assertivo na concessão de crédito. A análise é fruto da parceria do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP) e o Serviço Central de Proteção ao Crédito, da Boa Vista Serviços, parceiro da entidade.

Conforme a assessora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) no Sindilojas-VRP, Gicele Fernandes de Arruda, a entidade, como representante da Boa Vista Serviços em Santa Cruz atua para auxiliar as empresas na concessão do crédito, dentre outros serviços. “Temos acesso às soluções com análises mais robustas e assertivas no que se refere ao crédito. As chamadas consultas positivas, as quais oferecem relatórios completos de dados positivos e restritivos, aliados a inteligência analítica do bureau da Boa Vista”, explica. 

Segundo a assessora, a participação das empresas associadas, na gestão e análise de dados é, igualmente, fundamental para a redução da inadimplência no varejo local. “Além dessas ferramentas é preciso relembrar que o registro do inadimplente é uma forma efetiva de recuperação do crédito, bem como, a realização de ações de cobrança de forma direta ou até mesmo terceirizada. É preciso revisitar os padrões de gestão de crédito internos na própria empresa”, destaca Gicele. 

Como ferramenta de apoio o Sindilojas-VRP coloca à disposição dos lojistas, material que vem da Rede de Parceiras/Boa Vista Serviços, disponibilizado através do “Mapa da Concessão de Crédito.” O documento é uma alternativa para o crescimento dos negócios em meio a inadimplência, que está disponível para as empresas consultarem no site do Sindilojas-VRP, por meio do endereço www.sindilojas-scs.com.br. “O material conta com dicas para as operações de crédito mais seguras para o empresário”, recomenda Gicele. 

O presidente do Sindilojas-VRP, Mauro Spode, classifica como fundamental o serviço de inteligência e cruzamento de dados, que é disponibilizado pela entidade aos associados. “Cumprimos um papel importante no auxílio da gestão do crédito das empresas. Não apenas para quem utiliza o crédito como forma de venda parcelada, mas até mesmo para quem opera com cartões de crédito. A parceria com a Boa Vista Serviços, realizada há mais de uma década, ajuda a garantir estes bons resultados ao comércio da região”, pontua Spode.

Retração na tomada de crédito

Em relação a busca pela tomada de crédito, houve uma queda de 35,92% se comparado com o mesmo período do ano passado, em Santa Cruz do Sul. De acordo com o economista-chefe da Rede de Parceiras/Boa Vista Serviços, Oscar Frank, houve uma espécie de “pé no freio”, por parte dos tomadores de crédito. “A gente vem percebendo uma desaceleração do mercado de crédito, em linha com a própria economia, então o consumidor, vendo toda a conjuntura e os juros elevados, fica receoso”, aponta.

Para a economista da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Giovana Menegotto, este parâmetro, associado a um estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostram essa desaceleração nas operações.

Segundo a CNC, em torno de 30% da renda do consumidor está comprometida. Conforme a especialista, parte da renda está destinada a pagar as dívidas contraídas, para voltar a consumir. “Nesse momento estamos em um cenário de juros muito elevados, o que desincentiva o uso do crédito, incentivo esse para poupar, guardar. Segundo ela, os juros são mantidos elevados justamente para tentar controlar a inflação”, avalia Giovana.

Perfil do consumidor

A média salarial dos inadimplentes em Santa Cruz do Sul é praticamente a mesma se comparada com o mesmo período do ano passado, permanecendo em na faixa entre meio e um salário-mínimo. As mulheres se mantêm com mais dívidas vencidas, já a faixa etária dos inadimplentes passou dos 65 – 77 anos para 30 aos 34 anos.

Foto: Nascimento MKT

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