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Índice de inadimplência estabiliza em Santa Cruz do Sul

Santa Cruz do Sul – Após alcançar um dos patamares mais baixos do Estado – na 4º posição entre os menores índices de inadimplência do Rio Grande do Sul – o percentual de inadimplentes em Santa Cruz do Sul estabilizou em 27,7% durante o mês de agosto. O índice, medido pelo birô de crédito Boa Vista Serviços, indica a preocupação do consumidor em manter o crédito no varejo, situação que acena para uma estabilidade na reta final de 2023. 

Segundo a Coordenadora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP), Gicele Fernandes Arruda, o dado mostra, de forma positiva, que existe uma preocupação do consumidor com a manutenção do crédito. “E este comportamento, nesta época do ano, mostra também uma expectativa positiva em relação a um maior índice de recuperação, visto que estamos nos aproximando do Natal e das campanhas especiais de recuperação de crédito”, afirma.

Gicele destaca ainda que Santa Cruz do Sul mantém um desempenho menor do que a própria média do Estado, que foi de 30,5% e da própria média nacional, que em agosto registrou 30,6% de inadimplência. “Fatores como a própria economia local, que segue aquecida, contribuem para este bom desempenho que tivemos durante o mês de agosto”, comenta. Seguindo a tendência dos últimos meses, o perfil dos consumidores endividados segue semelhante: mulheres, na faixa dos 30 aos 34 anos, com renda média de até um salário mínimo por mês. 

Para o presidente do Sindilojas-VRP, Mauro Spode, a proximidade com a data comercial do Dia das Crianças, em 12 de outubro, e as perspectivas para o Natal, diante da estabilidade no índice de inadimplência dão novo ânimo ao lojista. “O Dia das Crianças é uma data que é melhor para uma parte do segmento varejo, pois os brinquedos sempre estão na preferência do consumo. No entanto, a comercialização de roupas, artigos eletrônicos e até materiais esportivos também se destaca. Com este cenário positivo, creio que poderemos registrar um bom desempenho no comércio”, projeta. 

A projeção do dirigente é acompanhada pelo economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Oscar Frank. De acordo com ele, fatores como o cadastro de consumidores na “faixa 1” do programa Desenrola – destinado para o pagamento de dívidas da população de baixa renda – assim como a redução na Taxa Selic dos juros têm colaborado com este parâmetro. “A resiliência do mercado de trabalho e a moderação da inflação, cuja combinação vem ajudando a aumentar a massa de salários real, também têm sua participação neste desempenho”, analisa o economista.

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