Santa Cruz do Sul – A Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul realizou sessão solene na noite desta segunda-feira, dia 11, para fazer sua homenagem pelos 100 anos de atuação da empresa Mercur. A proposição foi do vereador Francisco Carlos Smidt (Novo), realizada no Plenário Vereador Nilton Garibaldi, conduzida pelo presidente Gerson Trevisan (PSDB), e contou com a presença de pessoas colaboradoras, acionistas da terceira e quarta geração da família Hoelzel.
O vereador Francisco Carlos Smidt apresentou o histórico da empresa, que completa seu centenário hoje – 11 de junho de 2024. No início de 1920, cada vez mais carros circulavam pela cidade de Santa Cruz do Sul. Junto com eles, outra novidade também surgia: a necessidade de arrumar pneus, caros e importados, que sofriam com as estradas cheias de pedras e sem pavimentação.
A empresa foi fundada por Carlos Gustavo Hoelzel, então com 34 anos, que gerenciava os primeiros passos de sua revenda e oficina de automóveis e equipamentos agrícolas. Na época, a importação de pneus novos era bastante cara e demorada. Pensando nisso, ele decidiu buscar ajuda. Seu irmão, Jorge Emílio Hoelzel, era arquiteto, mas interessava-se por novos desafios. Estava ali a parceria que Carlos procurava. Noites adentro, os dois criaram fórmulas, fizeram experiências e descobriram os segredos da borracha. Quando dominaram os primeiros processos, eles mesmos montaram as máquinas para aplicá-los.
A revenda e oficina de automóveis estavam prontas para mudar: além do conserto de pneus, as máquinas poderiam agora criar artefatos de borracha. Assim, em 11 de junho de 1924, nascia a Hoelzel Irmãos, depois transformada em Mercur SA, que hoje tem Jorge Hoelzel Neto, neto de Jorge Emílio Hoelzel, como facilitador de Direção.
Em 2007 a grande mudança começou. Jorge Hoelzel Neto, então diretor da empresa, participou da decisão de contratar uma consultoria, focada em estratégias de negócios sustentáveis. Durante esse trabalho, uma pergunta ressoou: qual era propósito da Mercur? Se a Mercur acabasse, qual seria seu legado? Essa questão pedia uma resposta. Não uma resposta antiga, mas algo novo e com olhos para o futuro, como a Mercur sempre buscou fazer.
O tripé humano-sócio-ambiental deu origem às soluções que viriam depois. Hierarquia horizontal, com voz para toda e qualquer pessoa na empresa. Engajamento em atividades de impacto social, promovendo transformações positivas nas comunidades. Compromisso com a redução do impacto ambiental da produção. E assim, a Mercur recriou sua maneira de agir e enxergar seu próprio trabalho.
A Mercur acredita que o mundo só será bom de verdade quando for bom para todos. “A Mercur existe para melhorar a sua vida e a de todos ao seu redor. Desenvolvemos produtos e projetos nas áreas de saúde e educação, que ajudam as pessoas a explorarem suas habilidades e potencialidades da melhor forma possível. Seja durante exercícios, ou em trabalhos escolares, na recuperação de lesões ou no apoio a deficiências motoras”, observou Jorge Hoelzel Neto, Facilitador de Direção e representante da 3ª geração da família acionista.
Além de Jorge, compuseram a mesa ainda Stéfane Hoelzel Heuser, acionista representante da 4ª geração; Cássia de Menezes Hoelzel, representante da 4ª geração; Bruno Menezes Hoelzel, representante da 4ª geração; Milton Waldemar Peiter, acionista e colaborador por mais de 60 anos; Isidoro Aloisio Strothmann, colaborador mais antigo, com 47 anos de atuação na Mercur.
